quinta-feira, 17 de março de 2011

Declarações de Passos Coelho após ser ouvido por Cavaco Silva

Depois da audiência com o Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, eis as declarações de Pedro Passos Coelho:

"Governo actuou de forma imperdoável e desleal para com as instituições e para com os portugueses"


"O PSD não está disponível para ajudar o Governo". Passos Coelho disse hoje a Cavaco Silva que esta posição "é irredutível".


"Quis transmitir ao Presidente da República que o PSD considera que o Governo actuou de forma imperdoável e desleal para com as instituições e os portugueses, negociando durante várias semanas um quadro que é típico de um pedido de ajuda externa, enquanto negava ao País que fosse necessário mais austeridade", afirmou o líder do PSD à saída de uma audiência em Belém que durou cerca de uma hora. "O PSD não está disponível para ajudar o Governo a descalçar uma bota que ele próprio calçou quando se comprometeu externamente com um quadro de medidas adicionais que sempre disse aos portugueses que não eram necessárias", acrescentou Pedro Passos Coelho.


Passos Coelho adiantou ter transmitido a Cavaco Silva a "posição formal do PSD" relativamente ao novo PEC: "As medidas de austeridade novas são gravosas e extremamente injustas do ponto de vista social" e o PSD "não entende que possa dar o seu aval a estas medidas". O líder do PSD assegurou que esta posição é "irredutível" e disse acreditar que Cavaco Silva "tem agora todas as condições para fazer uma análise completa".


Passos Coelho alertou ainda que "a situação social começa a ser motivo de grande preocupação" e disse também que "não é aceitável que ao fim de um ano o governo ainda esteja a colocar Portugal numa situação em que o País está à beira da insolvência".

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